segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cowparade vai invadir Porto Alegre

















A CowParede é o maior e mais bem sucedido evento de arte pública no mundo. As esculturas de vacas em fibra de vidro são decoradas por artistas locais e distribuídas pelas cidades, em locais públicos como estações de metrô, avenidas e parques. A festa de lançamento está prevista para o início de outubro. De um dia para outro, Porto Alegre vai amanhecer repleta de vaquinhas, em 80 pontos estratégicos, da zona norte à zona sul. Após a exposição, as vacas são leiloadas e o dinheiro é entregue a instituições de beneficentes.
Dos 70 artistas selecionados para customizarem suas vaquinhas, poucos têm renome nacional ou uma ampla carreira artística. De designers a publicitários, passando por grafiteiros, arquitetos e tatuadores, o universo e diversidade de talentos dá uma prévia do quanto será heterogênea esta mostra urbana. Novatos como Pablo Etchepare (Iron Cow), Mirele Riffel (Vacavatar), Carlos Soares (Cowdrinhos) e Andrey Damo (E a Vaca Foi pro Beco) enfeitam suas esculturas ao lado de nomes conhecidos das artes plásticas gaúchas, como Eduardo Vieira da Cunha, Bina Monteiro, Mauro Fuke e Zorávia Bettiol.
Confira, nesta reportagem, o making of da CowParade Porto Alegre:

http://www.youtube.com/watch?v=GN7ByTSTzmc
Acompanhe o site oficial da CowParede

http://www.cowparade.com.br/poa/

sábado, 14 de agosto de 2010

MARGS recebe mostra da fotografia modernista brasileira na Coleção Itaú


















Foto Paulo Pires, Construtores

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul apresenta a exposição Moderna Para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú de 27 de julho a 10 de outubro, nas Galerias Iberê Camargo e Oscar Boeira. A iniciativa é resultado da parceria do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com o Itaú Cultural. Com curadoria do fotógrafo Iatã Canabrava, a exposição remonta aos anos 40 a 70 do século passado, quando na esteira do modernismo europeu e americano da década de 20, os artistas brasileiros entraram na discussão sobre os limites da arte fotográfica. Em um total de 86 imagens, de 26 artistas, este recorte da coleção de fotografias do Itaú mergulha, sobretudo, no movimento fotoclubista brasileiro."Esta exposição reforça o esforço do grupo Itaú para dar acesso ao público de todo o país aos diferentes recortes de sua coleção", afirma Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. "Nossa parceria com o MARGS para que os gaúchos possam apreciar recorte tão significativo deste acervo reafirma o compromisso do grupo Itaú com o público, a arte e a cultura brasileiras."


















Foto German Lorca, Rua Barão de Itapetininga, 1952

Segundo Canabrava, o fotoclubista brasileiro começou em São Paulo no Foto Cine Clube Bandeirante, fundado em 1939, e se alargou para os outros fotoclubes. Em geral era composto de amadores da fotografia que, livres das obrigações de um trabalho comercial, puderam experimentar e ousar quebrando regas e padrões. Nesses núcleos aterrissaram artistas como Geraldo de Barros, Thomaz Farkas, José Yalenti e German Lorca, presentes na exposição.

Mostra da fotografia modernista
De 27 de julho de 2010 a 10 de outubro de 2010
Nas Galerias Iberê Camargo e Oscar Boeira (MARGS)

A arte de Michelangelo: Societa Italiana convida a uma viagem cultural

Uma viagem pelo maravilhoso mundo da arte de Michelangelo. Este é o convite da Societa Italiana Santa Lucia, de Novo Hamburgo, para a Serata Cultural, marcada para 19 de agosto, às 20h30. A palestra Arte e Vida de Michelangelo será ministrada pela professora Dorotéia Pires, na Fundação Scheffel, cenário perfeito para um tema tão apaixonante. Ela é docente do Departamento de Design da Universidade Estadual de Londrina, desenvolve ampla atividade acadêmica no Brasil e no exterior. Na Itália, onde morou por muitos anos, teve contato direto com a arte de Michelangelo. Coordena o Projeto Milano: cultura, design e criação de moda, na Itália e na França, desde 2000. Além disso, Dorotéia Pires coordena a Missão de Cultura e Design da Abicalçados em Milão. Os convites já estão a venda na Societa Italiana, na Avenida Pedro Adams Filho, 5604, salas 1101 e 1102,no centro de Novo Hamburgo, das 16 às 22 horas, de segunda a sexta-feira. Contatos pelo fone: 30663166 e email secretaria@societaitaliana.org.br. O valor dos ingressos é de R$ 10,00 para sócios e R$ 15,00 para não sócios.

Fonte: Aline de Melo Pires/Revista Expansão

Traços certíssimos

Beto 70 é o tipo de cara que gosta e faz de tudo um pouco e ao mesmo tempo agora. É motoqueiro e mecânico apaixonado por carros antigos, mas também é tatuador e artista plástico. E seus traços ganham pela primeira vez uma exposição que vai além das peles dos clientes.

Beto 70 estreia a mostra Traços (in) Certos, no Hashi Art Cuisine, em Porto Alegre. A exposição reúne telas, gravuras, quadros e móveis, todos trabalhos em óleo sobre madeira e nanquim, que traduzem o espírito estradeiro, infinito e particular do artista.

Confira as obras de Beto 70, clicando aqui.

Serviço:


O que: Traços (in) Certos, exposição de Beto 70
Quando: A partir de 2 de agosto, das 19h30 às 23h
Onde: Hashi Art Cuisine (Des. Augusto Loureiro Lima, 151, Porto Alegre/RS)

Por Lidy Araújo

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Passione, novela mostra obras de Vik Muniz

Lixo Extraordinário aplaudido em Paulínia




Nenhum filme no Festival de Paulínia foi aclamado como Lixo Extraordinário, exibido em 23 de julho, último dia da competição. A equipe do documentário viu o público levantar de suas poltronas – cerca de 1,3 mil pessoas, já que o Theatro Municipal estava lotado – e aplaudir de pé por longos minutos, assim que subiram os créditos. Quando as luzes da sala foram acesas, as palmas voltaram com força. O longa já ganhou prêmios de público nos festivais de Sundance e Berlim.
Além de o filme ter agradado a plateia, foi uma homenagem aos catadores do Jardim Gramacho, que acompanharam a sessão.
O foco do documentário, parceria de uma produtora inglesa e da O2 Filmes, é registrar a obra do artista plástico Vik Muniz, o brasileiro mais badalado no mundo das galerias e leilões mundo afora.
Com uma infância pobre em São Paulo, viajou para os Estados Unidos ainda jovem, se fixou em Nova York e ganhou fama por suas fotos e, principalmente, por reproduzir famosas obras de arte com materiais inusitados, como geléia, calda de chocolate ou manteiga de amendoim.
Em 1996, Muniz foi ao Caribe fotografar crianças que trabalhavam em lavouras de cana-de-açúcar e, de volta a seu estúdio, recriou as imagens com açúcar. O trabalho deu origem à série “Sugar Children” e foi um sucesso. A ideia, então, era repetir o experimento, agora com pessoas que viviam literalmente no lixo, esquecidas pelo mundo, e reverter o dinheiro para as comunidades locais.
O Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho fica em Duque de Caixas é o maior aterro sanitário do mundo, destino de 70% do lixo do Rio de Janeiro e 100% de quatro outras cidades. Tudo ao redor gira em torno do negócio, de galpões para recolher material reciclável a uma favela onde vivem boa parte dos 3 mil catadores que trabalham ali. Lixo, aliás, é uma palavra proibida: se aprende logo que o correto é dizer “resíduos sólidos”, já que algo que gera dinheiro não pode ser chamado de lixo, por ter utilidade a alguém e também ajudar a preservar o meio ambiente.
Depois de fotografar os catadores em diversas poses, inclusive numa recriação de “Marat assassinado”, quadro de Jacques-Louis David (1793), Muniz levou os retratados para um galpão e, a partir das fotografias, recriou as imagens com objetos encontrados no próprio lixo.