B44 Bólide Caixa 21 (1967): caixa-poema (com madeira, plástico e couro) de Hélio Oiticica, que tem outros trabalhos exibidos no evento.
Da seleção de 200 obras, de 159 artistas, de 40 países, que têm suas obras expostas na 29ª Bienal de São Paulo, além do paulistano Nuno Ramos - que expõe Bandeira Branca, com três urubus vivos ao som de uma gravação das músicas Bandeira Branca, Carcará e Boi da Cara Preta, o carioca Cildo Meireles participa com uma criação inédita e seu carimbo (numa nota de 1 cruzeiro) Quem Matou Herzog?, trabalho de 1975 em que protestava contra a versão oficial de suicídio para a morte do jornalista Vladimir Herzog, achado morto naquele ano numa cela do Exército, em São Paulo.
Hélio Oiticica (1937-1980) é um dos artistas cujo trabalho é cuja obra pode ser vista na 29ª Bienal de São Paulo. O reconhecimento da importância de seu trabalho na arte – tanto no Brasil como no exterior – só aumenta com o passar do tempo, conforme destaca Gisele Kato, em reportagem especial na revista Bravo!, de setembro. “Um dos primeiros a questionar a postura passiva do público diante de uma obra de arte, criou parangolés, penetráveis e bólides. Na Bienal, o artista carioca estará representado com seus ninhos, ambientes para estímulo dos vários sentidos, idealizados nos anos 70, quando viveu em Nova York, e que serviram para a prática do lazer criativo. A famosa bandeira Seja Marginal, Seja Herói, de 1968, também integra a exposição. Hélio escreveu a frase ao lado da imagem de Manoel Moreira, o bandido Cara de Cavalo, seu companheiro de rodas de samba, que foi morto em 1964 pela polícia depois de assassinar um tira. Caetano Veloso chegou a usar a bandeira como cenário em um show no Rio de Janeiro” (BRAVO!, set. 2010, p. 38)
Caetano Veloso, com a obra Seja Marginal, Seja Herói
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