
Da seleção de 200 obras, de 159 artistas, de 40 países, que têm suas obras expostas na 29ª Bienal de São Paulo, além do paulistano Nuno Ramos - que expõe Bandeira Branca, com três urubus vivos ao som de uma gravação das músicas Bandeira Branca, Carcará e Boi da Cara Preta, o carioca Cildo Meireles participa com uma criação inédita e seu carimbo (numa nota de 1 cruzeiro) Quem Matou Herzog?, trabalho de 1975 em que protestava contra a versão oficial de suicídio para a morte do jornalista Vladimir Herzog, achado morto naquele ano numa cela do Exército, em São Paulo.

Hélio Oiticica (1937-1980) é um dos artistas cujo trabalho é cuja obra pode ser vista na 29ª Bienal de São Paulo. O reconhecimento da importância de seu trabalho na arte – tanto no Brasil como no exterior – só aumenta com o passar do tempo, conforme destaca Gisele Kato, em reportagem especial na revista Bravo!, de setembro. “Um dos primeiros a questionar a postura passiva do público diante de uma obra de arte, criou parangolés, penetráveis e bólides. Na Bienal, o artista carioca estará representado com seus ninhos, ambientes para estímulo dos vários sentidos, idealizados nos anos 70, quando viveu em Nova York, e que serviram para a prática do lazer criativo. A famosa bandeira Seja Marginal, Seja Herói, de 1968, também integra a exposição. Hélio escreveu a frase ao lado da imagem de Manoel Moreira, o bandido Cara de Cavalo, seu companheiro de rodas de samba, que foi morto em 1964 pela polícia depois de assassinar um tira. Caetano Veloso chegou a usar a bandeira como cenário em um show no Rio de Janeiro” (BRAVO!, set. 2010, p. 38)

Caetano Veloso, com a obra Seja Marginal, Seja Herói
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