O grupo METOL&SULFITO apresenta a mostra Imagens e Urbanidades propondo algumas possibilidades de percepção e interpretação da urbanidade através dos trabalhos de Alfonso Abraham, João Freitas, Jorge Aguiar e Isa Reichert.
Abraham inspira-se na poesia de Mário Quintana, João Freitas traz imagens de grandes centros urbanos como São Paulo, Porto Alegre, Londres e Paris; Jorge traz uma França através de capturas a partir de latas (técnica do pinhole) e Isa propõe fotografias tiradas por ela e por Joel Reichert de uma urbanidade repleta de rostos.
Tudo isto você poderá conferir na mostra que inaugura dia 26/10/2010, terça-feira, às 17 horas e tem visitação de 26/10/2010 a 11/12 2010 - terças a sábados das 10 às 18 horas.
Local: Museu Julio de Castilhos
Endereço: Rua Duque de Caxias 1205/1231, bairro Centro Histórico, Porto Alegre / RS
Telefone: (51) 32.21.39.59
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Curador da 29ª Bienal de São Paulo fala à revista Cult
Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Agnaldo Farias é um dos curadores e críticos de arte mais reconhecidos do Brasil.
Juntamente com Moacir dos Anjos, ele assina a curadoria da 29ª Bienal de São Paulo. A revista Cult, n. 150, traz uma entrevista de Fernanda Paola com ele, abordando entre outros temas o espaço dedicado às artes na mídia, a arte contemporânea, Nuno Ramos, os museus brasileiros e, claro, as opções da curadoria nesta Bienal de São Paulo. O título da entrevista já aproxima das ideias de Agnaldo Farias: Só a arte salva.
Vale pena ler a entrevista na íntegra, o que pode ser feito no site da revista: http://revistacult.uol.com.br/home/2010/09/so-a-arte-salva/
Abaixo, alguns trechos da entrevista que podem ser debatidos no Fórum:
"A Bienal é o único lugar onde existe uma difusão de obras de qualidade do ponto de vista nacional e internacional. Não tem nada com essa magnitude no Brasil, um país que criou leis de incentivo, disparou a criar museus e centros culturais, mas continua uma rota alternativa. Só nos chegam, no geral, exposições de artistas mortos e consagrados e frequentemente fundo de estúdio. Produções menores de artistas maiores".
"Nossos museus são eminentemente provincianos. Eles estão ancorados em exposições temporárias, porque seguem a lógica da mídia. Não é a lógica da educação, da formação. Se for museu, tem acervo e coleção. As nossas exposições são ocultas, porque não dá mídia. O Brasil não coleciona arte internacional, nem sequer nacional. Procure por Volpi, Di Cavalcanti, você não acha. Os museus ocultam porque, para ter dinheiro e se manter, precisam de exposições temporárias. Então, a Bienal preenche essa lacuna ainda. Não só no âmbito da difusão, mas também no da produção. Porque, quando você convida o artista, você o comissiona. Nesse momento você é mais do que um difusor, é um centro parceiro na produção. Por exemplo, nós temos um trabalho inédito do Cildo Meirelles. É um trabalho que estava como sonho. Você pode sonhar em pequena escala, mas pode sonhar em grande escala. Agora, se não tem custo para fazer nem espaço para expor, como fica? Uma exposição é essencial para esse processo. É onde o trabalho do artista se realiza".
"O curador precisa ter conhecimento sobre a obra e sobre recortes que pode dar a essa obra, que têm de ser suscitados por ela. O mau curador é aquele que pega o ruim de um artista bom, mas que vá ao encontro de uma tese dele. E também existe a falta de critério. [...] Você pode construir articulações estimulantes, mas tem as muito pobres, gente ruim se apropriando de trabalhos bons, colocando-se à frente da fonte, que são os artistas. O curador é um leitor que está próximo da produção. Você desprezaria um comentário do Antonio Candido sobre o seu texto?"
"[...] O espaço da Bienal é de aproximações, museu é outro papo. O nosso compromisso é com as fontes e com quem é efetivamente radical dentro desse processo. Por exemplo, não traria nunca Romero Brito, porque não é artista, é outra coisa. E aí existe uma divisão, você não pode convidar para a mesma festa. Um mau artista não melhora com o contato com o bom artista. E o bom artista não ganha com a presença de um mau artista. E você engana o público. Estamos tentando fazer o que o mercado não faz, que é mostrar o que está fora do circuito".
"[...] Poderíamos fazer uma exposição sobre pintura, mas a Bienal não precisa fazer isso. Tem de ir ao limite. Se ela não der conta, fecha as portas. A arte é alguma coisa que você produz e não tem nenhum desejo dela preteritamente. Você não acorda querendo ouvir uma música que nunca ouviu. A arte se faz necessária".
Leia a entrevista na íntegra em:
http://revistacult.uol.com.br/home/2010/09/so-a-arte-salva/
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Michelangelo... e a capa da Época
Na edição de 11 de outubro, a revista Época utilizou um dos afrescos de Michelângelo para o teto da Capela Sistina, em Roma, "A Criação do Homem", para ilustrar sua manchete de capa "Deus entrou na eleição: Como o debate sobre o aborto e religião pode influir no segundo turno".
O afresco é uma das obras mais importantes do Renascimento e mais conhecidas da história da arte.
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domingo, 10 de outubro de 2010
Bienal de São Paulo, muito além dos urubus...
B44 Bólide Caixa 21 (1967): caixa-poema (com madeira, plástico e couro) de Hélio Oiticica, que tem outros trabalhos exibidos no evento.
Da seleção de 200 obras, de 159 artistas, de 40 países, que têm suas obras expostas na 29ª Bienal de São Paulo, além do paulistano Nuno Ramos - que expõe Bandeira Branca, com três urubus vivos ao som de uma gravação das músicas Bandeira Branca, Carcará e Boi da Cara Preta, o carioca Cildo Meireles participa com uma criação inédita e seu carimbo (numa nota de 1 cruzeiro) Quem Matou Herzog?, trabalho de 1975 em que protestava contra a versão oficial de suicídio para a morte do jornalista Vladimir Herzog, achado morto naquele ano numa cela do Exército, em São Paulo.
Hélio Oiticica (1937-1980) é um dos artistas cujo trabalho é cuja obra pode ser vista na 29ª Bienal de São Paulo. O reconhecimento da importância de seu trabalho na arte – tanto no Brasil como no exterior – só aumenta com o passar do tempo, conforme destaca Gisele Kato, em reportagem especial na revista Bravo!, de setembro. “Um dos primeiros a questionar a postura passiva do público diante de uma obra de arte, criou parangolés, penetráveis e bólides. Na Bienal, o artista carioca estará representado com seus ninhos, ambientes para estímulo dos vários sentidos, idealizados nos anos 70, quando viveu em Nova York, e que serviram para a prática do lazer criativo. A famosa bandeira Seja Marginal, Seja Herói, de 1968, também integra a exposição. Hélio escreveu a frase ao lado da imagem de Manoel Moreira, o bandido Cara de Cavalo, seu companheiro de rodas de samba, que foi morto em 1964 pela polícia depois de assassinar um tira. Caetano Veloso chegou a usar a bandeira como cenário em um show no Rio de Janeiro” (BRAVO!, set. 2010, p. 38)
Caetano Veloso, com a obra Seja Marginal, Seja Herói
Da seleção de 200 obras, de 159 artistas, de 40 países, que têm suas obras expostas na 29ª Bienal de São Paulo, além do paulistano Nuno Ramos - que expõe Bandeira Branca, com três urubus vivos ao som de uma gravação das músicas Bandeira Branca, Carcará e Boi da Cara Preta, o carioca Cildo Meireles participa com uma criação inédita e seu carimbo (numa nota de 1 cruzeiro) Quem Matou Herzog?, trabalho de 1975 em que protestava contra a versão oficial de suicídio para a morte do jornalista Vladimir Herzog, achado morto naquele ano numa cela do Exército, em São Paulo.
Hélio Oiticica (1937-1980) é um dos artistas cujo trabalho é cuja obra pode ser vista na 29ª Bienal de São Paulo. O reconhecimento da importância de seu trabalho na arte – tanto no Brasil como no exterior – só aumenta com o passar do tempo, conforme destaca Gisele Kato, em reportagem especial na revista Bravo!, de setembro. “Um dos primeiros a questionar a postura passiva do público diante de uma obra de arte, criou parangolés, penetráveis e bólides. Na Bienal, o artista carioca estará representado com seus ninhos, ambientes para estímulo dos vários sentidos, idealizados nos anos 70, quando viveu em Nova York, e que serviram para a prática do lazer criativo. A famosa bandeira Seja Marginal, Seja Herói, de 1968, também integra a exposição. Hélio escreveu a frase ao lado da imagem de Manoel Moreira, o bandido Cara de Cavalo, seu companheiro de rodas de samba, que foi morto em 1964 pela polícia depois de assassinar um tira. Caetano Veloso chegou a usar a bandeira como cenário em um show no Rio de Janeiro” (BRAVO!, set. 2010, p. 38)
Caetano Veloso, com a obra Seja Marginal, Seja Herói
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