O Suprematismo foi um movimento artístico russo, centrado em formas geométricas básicas - particularmente o quadrado e o círculo - e tido como a primeira escola sistemática de pintura abstrata do movimento moderno. Além da simplicidade das formas geométricas, o movimento caracteriza-se pelo emprego de uma gama cromática restrita, constituída pelas cores primárias e secundárias, pelo branco e pelo preto.
Seu desenvolvimento foi iniciado por volta de 1913 pelo pintor Kazimir Malevich. Naquele ano, na mostra “O Alvo”, em Moscou, Malevich expôs o Quadrado preto sobre um fundo branco. De acordo com o livro “O Mundo sem Objeto”, publicado em 1927 pela Bauhaus, a inspiração que deu origem à poderosa imagem do quadrado negro sobre um fundo branco é explicada da seguinte forma por Malevich: "Eu sentia apenas noite dentro de mim, e foi então que concebi a nova arte, que chamei Suprematismo".
Quadrado preto sobre fundo branco
O manifesto do movimento, “Do Cubismo ao Suprematismo”, escrito por Malevich e pelo poeta Mayakovsky, publicado em 1915, define o Suprematismo como "a supremacia do puro sentimento". O essencial era a sensibilidade em si mesma, independentemente do meio de origem. A principal preocupação foi com a realização plástica pura da noção de espaço, ou seja, a relação entre as formas e o espaço que as circunda. O movimento representa a pureza, levada ao extremo.
À epoca da publicação do manifesto, Malevich já era um artista importante, tendo participado, com trabalhos cubo-futuristas, das mostras coletivas do grupo Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), em Munique, e do Rabo do Burro, em Moscou, ambas em 1912, sendo esta última concebida como a primeira ruptura consciente dos artistas russos com a Europa e a afirmação de uma escola russa, independente.
Malevich defende uma arte livre de finalidades práticas, comprometida com a pura visualidade plástica. Trata-se de romper com a idéia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e a cor naturalistas - experimentadas pelo Impressionismo - e com qualquer referência ao mundo objetivo, que o Cubismo, de certa forma ainda alimentava. Malevich ainda fala em "realismo", e o faz a partir das sugestões do místico e matemático russo P.D. Ouspensky, que defende haver por trás do mundo visível um outro mundo, uma espécie de quarta dimensão, além das três a que nossos sentidos têm acesso. O Suprematismo representaria essa realidade, esse "mundo não-objetivo", referido a uma ordem superior de relação entre os fenômenos, uma forma de "energia espiritual abstrata", que é invisível, mas nem por isso menos real.
Na "Última Exposição Futurística de Pinturas: 0.10", organizada por Ivan Puni, em Petrogrado, em dezembro de 1915, Malevich escolheu o termo "Suprematismo" para descrever suas próprias pinturas, porque era o primeiro movimento artístico a reduzir a pintura à pura abstração geométrica. Ao todo ele mostrou trinta e cinco trabalhos abstratos.
Em 1920, Malevich publicou um ensaio denominado “O Suprematismo ou o mundo da não representação”, aprofundando os aspectos teóricos do movimento. Segundo o pintor russo, o artista moderno deveria ter em vista uma arte finalmente liberada dos fins práticos e estéticos, trabalhando somente segundo a pura sensibilidade plástica.
Entre as obras de destaque do pintor russo, responsável pela criação do movimento artístico do Suprematismo, podem ser destacadas as seguintes pinturas: o quadrado negro sobre o fundo branco, o quadrado branco sobre o fundo branco e o quadrado vermelho sobre o fundo branco.
Para Malevitch, o Quadrado Vermelho é também o Quadrado Belo, e na sua iconologia pessoal, a “Camponesa em Duas Dimensões”, aparece em todo o seu esplendor. Ao adotarmos uma análise dentro de um plano de produção de sentidos, passando de uma leitura elementar para uma crítica sensível, percebemos que a obra de arte de Malevich abrange um valor simbólico muito maior do que podemos traçar num discurso brando de superfície. Além do simbolismo da sua cor (sobretudo na Rússia revolucionária) é preciso ter em conta o fato que a simples tradução de Quadrado Vermelho ignora; é que na língua russa, vermelho e belo representam-se por meio de uma única e mesma palavra (A Praça Vermelha de Moscou já tinha esse nome muito antes da época revolucionária, porque era a mais bela praça da cidade).
À epoca da publicação do manifesto, Malevich já era um artista importante, tendo participado, com trabalhos cubo-futuristas, das mostras coletivas do grupo Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), em Munique, e do Rabo do Burro, em Moscou, ambas em 1912, sendo esta última concebida como a primeira ruptura consciente dos artistas russos com a Europa e a afirmação de uma escola russa, independente.
Malevich defende uma arte livre de finalidades práticas, comprometida com a pura visualidade plástica. Trata-se de romper com a idéia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e a cor naturalistas - experimentadas pelo Impressionismo - e com qualquer referência ao mundo objetivo, que o Cubismo, de certa forma ainda alimentava. Malevich ainda fala em "realismo", e o faz a partir das sugestões do místico e matemático russo P.D. Ouspensky, que defende haver por trás do mundo visível um outro mundo, uma espécie de quarta dimensão, além das três a que nossos sentidos têm acesso. O Suprematismo representaria essa realidade, esse "mundo não-objetivo", referido a uma ordem superior de relação entre os fenômenos, uma forma de "energia espiritual abstrata", que é invisível, mas nem por isso menos real.
Na "Última Exposição Futurística de Pinturas: 0.10", organizada por Ivan Puni, em Petrogrado, em dezembro de 1915, Malevich escolheu o termo "Suprematismo" para descrever suas próprias pinturas, porque era o primeiro movimento artístico a reduzir a pintura à pura abstração geométrica. Ao todo ele mostrou trinta e cinco trabalhos abstratos.
Em 1920, Malevich publicou um ensaio denominado “O Suprematismo ou o mundo da não representação”, aprofundando os aspectos teóricos do movimento. Segundo o pintor russo, o artista moderno deveria ter em vista uma arte finalmente liberada dos fins práticos e estéticos, trabalhando somente segundo a pura sensibilidade plástica.
Entre as obras de destaque do pintor russo, responsável pela criação do movimento artístico do Suprematismo, podem ser destacadas as seguintes pinturas: o quadrado negro sobre o fundo branco, o quadrado branco sobre o fundo branco e o quadrado vermelho sobre o fundo branco.
Para Malevitch, o Quadrado Vermelho é também o Quadrado Belo, e na sua iconologia pessoal, a “Camponesa em Duas Dimensões”, aparece em todo o seu esplendor. Ao adotarmos uma análise dentro de um plano de produção de sentidos, passando de uma leitura elementar para uma crítica sensível, percebemos que a obra de arte de Malevich abrange um valor simbólico muito maior do que podemos traçar num discurso brando de superfície. Além do simbolismo da sua cor (sobretudo na Rússia revolucionária) é preciso ter em conta o fato que a simples tradução de Quadrado Vermelho ignora; é que na língua russa, vermelho e belo representam-se por meio de uma única e mesma palavra (A Praça Vermelha de Moscou já tinha esse nome muito antes da época revolucionária, porque era a mais bela praça da cidade).
Curiosidade: http://www.youtube.com/watch?v=RRQ57LL4euw&feature=fvw
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.