terça-feira, 25 de agosto de 2009

Expressionismo no Brasil




















Lasar Segall, Mercadores
























O Homem Amarelo, Anita Malfatti
























A Boba, Anita Malfatti
























Cândido Portinari, Os Retirantes, 1944, óleo sobre tela, MASP, São Paulo.

Em Os Retirantes, Portinari utilizou uma temática social, retirada da realidade do país para compor uma obra forte, dramática, intensa. A abundância de cores geralmente atribuída ao artista é ali substituída por sua quase ausência. Os tons são tristes, cinzentos. E a forma do corpo e as ações das personagens que compõem a cena transmitem tristeza e inspiram compaixão. É interessante comparar essa tela com Guernica, de Pablo Picasso, igualmente uma obra social, baseada em uma tragédia - as mortes e o sofrimento causados pela guerra civil espanhola. Em 1936, os fascistas espanhóis liderados pelo general Franco rebelaram-se contra o governo eleito. Começou, então, uma guerra sangrenta, que destruiu a cidade de Guernica, no nordeste da Espanha. Foi terrível o sofrimento, e Picasso o retratou pintando um grande mural, em 1937, em que mostrou a cidade sendo atacada. Analisando formalmente como o efeito da dor, da tristeza, da fome e da degeneração foi tratado pelos dois artistas, pode-se perceber particularidades de cada um e, principalmente, coincidências. Não é à toa que, em relação à atitude e ao estilo, Portinari é chamado por alguns de "Picasso brasileiro".
























Cândido Portinari, Criança Morta, série Os Retirantes, 1944, óleo sobre tela.




















Cândido Portinari, Enterro na Rede, série Os Retirantes, 1944, óleo sobre tela

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