terça-feira, 25 de agosto de 2009

Romantismo



















Francisco de Goya y Lucientes, Os Fuzilamentos do 3 de Maio de 1808














Francisco de Goya y Lucientes, A Maja Desnud
a









Théodore Géricaut, A Balsa da Medusa, 1819












A Liberdade Guiando o Povo, Eugène Delacroix


De 1790 a 1850, notabilizadas pela subjetividade e pela introspecção, as obras de arte do Romantismo evocam sentimentos e sensações. Há um interesse maior pelo passado não clássico e uma forte influência da literatura romântica, além de uma atração pelas forças da natureza e pelo exótico. A cor e o movimento suplantam os traços e a exatidão do contorno.

Distingue-se o trabalho do espanhol Francisco de Goya y Lucientes (1746-1828), que adota o grotesco, o fantástico e o protesto social como temas, antecipando características futuramente desenvolvidas por movimentos como o Expressionismo.

Algumas de suas principais pinturas são A Família de Carlos IV, O Colosso, Os Fuzilamentos do 3 de Maio de 1808, A Maja Desnuda, A Maja Vestida e O Sabá das Bruxas. Também é autor de importantes séries de gravuras.

Sobressaem ainda obras como A Balsa da Medusa, 1819, de Théodore Géricault (1791-1824); A Carroça de Feno, de John Constable; A Morte de Sardanapalo e A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix; e O Guerreiro Téméraire, de Joseph William Turner. “A idéia de romantismo refere-se a uma renovação das técnicas artísticas, na medida em que compreende uma ruptura e uma oposição com um passado ‘clássico’, mas nos encaminha – o que é mais importante – a uma visão global do mundo, da sensibilidade, a uma atitude diante da sociedade, enfim, a todo um conjunto de elementos que ultrapassa o lado puramente formal, a especificidade do fazer artístico”.




O Guerreiro Téméraire, de Joseph William Turner

4 comentários:

  1. Conhecendo um pouco mais:

    O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se iniciou na Europa no final no século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX. O berço do romantismo pode ser considerado em três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Mas, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.

    As características principais deste período são: valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

    Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.

    NO BRASIL

    Em nossa terra, iniciou em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do país. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso país e o cotidiano popular.

    Nas artes plásticas: as obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são: A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.

    Andressa de Fraga

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  2. Conhecendo um pouco mais:

    O romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se iniciou na Europa no final no século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX. O berço do romantismo pode ser considerado em três países: Itália, Alemanha e Inglaterra. Mas, na França, o romantismo ganha força como em nenhum outro país e, através dos artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.

    As características principais deste período são: valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história. Este período foi fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa.

    Nas artes plásticas, o romantismo deixou importantes marcas. Artistas como o espanhol Francisco Goya e o francês Eugène Delacroix são os maiores representantes da pintura desta fase. Estes artistas representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos, valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras de arte. Na Alemanha, podemos destacar as obras místicas de Caspar David Friedrich, enquanto na Inglaterra John Constable traçava obras com forte crítica à urbanização e aos problemas gerados pela Revolução Industrial.

    NO BRASIL

    Em nossa terra, iniciou em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do país. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso país e o cotidiano popular.

    Nas artes plásticas: as obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são: A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles.

    Andressa de Fraga

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  4. Ainda vale a pena lembrar que:
    A visão romântica anuncia uma quebra entre a estética neoclássica e a visão racionalista da época da Ilustração. Se o termo "clássico" remete à ordem, ao equilíbrio e à objetividade, a designação "romântico" busca apelar às paixões, às desmedidas e ao subjetivismo. A dicotomia clássico/romântico, constantemente utilizada pelos historiadores da arte, não deve levar ao firmamento de uma oposição radical entre os termos, já que as diferentes orientações se combinam em diversos artistas. Por exemplo, as pinturas visionárias do inglês William Blake (1757 - 1827), indica Giulio Carlo Argan, ainda que próximas ao espírito romântico, usam como modelo as formas clássicas. Também é possível pensar as noções como orientações mais gerais, descoladas de localizações cronológicas marcadas, o que levaria a diferenciar tendências "clássicas" ou "românticas" em épocas distintas. A oposição clássico/romântico permitiria explicar, no limite, o desenvolvimento das artes e da cultura na Europa e Estados Unidos nos séculos XIX e XX. Tanto o clássico quanto o romântico são teorizados entre a metade do século XVIII e meados do século XIX. O contexto onde as novas idéias se apoiam é praticamente o mesmo: as contradições tentadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa que refletem na redefinição das classes sociais (nobreza, a burguesia em ascensão, o campesinato e operariado nascente). O neoclassicismo parece coincidir com a Revolução Francesa e com o império napoleônico, já o romantismo aparece mais ligado à ascensão da burguesia e aos movimentos de independência nacional. O clássico é teorizado pelo pintor e crítico Anton Raphael Mengs (1728 - 1779) e pelo historiador da arte Johann Joachim Winckelmann (1717 - 1768), que defendem a retomada da arte antiga, especialmente greco-romana, considerada modelo de equilíbrio, clareza e proporção. À linha curva e retorcida dos estilos anteriores - o barroco e o rococó -, o neoclassicismo opõe a retidão e a geometria. Já o romântico é sistematizado histórica e criticamente pelo grupo reunido em torno dos irmãos Schlegel na Alemanha, a partir de 1797, ao qual se ligam: Novalis, Tieck, Schelling e muitos outros. A filosofia de Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778) está na base das formulações românticas alemães e tem um forte impacto no pré-romantismo do Sturm und Drang [Tempestade e Ímpeto]. Rousseau é o precursor do romantismo pois, é o seu pessimismo em relação à sociedade e à civilização, evidente no postulado de uma natureza humana pura, corrompida pela cultura que nos mostra que é ele. Disso decorre a exaltação rousseauniana da natureza, da simplicidade da criação, da nostalgia do primitivo e do culto do gênio original.

    Juliana Reich dos Santos

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