O termo Art-Nouveau surgiu em 1895, como nome de um estabelecimento comercial.
O período que vai da Exposição Universal (1889) até a década de 20 do século passado é conhecido como Art-Nouveau.
Foi um estilo estético essencialmente de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas.
Relaciona-se especialmente com a 2ª Revolução Industrial e os avanços tecnológicos na área gráfica.
Caracteriza-se pelas formas orgânicas, escapismo para a Natureza, valorização do trabalho artesanal, entre outros. A delicadeza dos gestos femininos, a mulher e as flores são utilizadas com freqüência e os temas religiosos praticamente não existiram. O movimento simbolista também influenciou o Art Nouveau.
A figura da mulher etérea, envolta em véus e aspecto diáfano, tem como fonte de inspiração a bailarina Loie Füller, que começa sua carreira brilhante em 1893, tendo posado para escultores e pintores dos mais famosos.
Ao contrário da maioria das correntes associadas ao movimento modernista, o Art Nouveau não foi dominado pela pintura. Mesmo os pintores mais estreitamente relacionados com o estilo, criaram cartazes e objetos de decoração. Juntamente com o Arts and Crafts, o Art Nouveau foi um dos estilos estéticos que preparam o caminho do design moderno.
Art Nouveau modernizou o design editorial, a tipografia e o design de marcas comerciais; além de se destacar pelo desenvolvimento dos cartazes modernos. Art Nouveau também revolucionou o design de moda, o uso dos tecidos e o mobiliário, assim como o design de vasos e lamparinas, artigos de vidro e estampas.
A litografia colorida tornou-se disponível no final do século XIX, possibilitando aos designers da época trabalhar direto na pedra, sem as restrições da impressão tipográfica. Esse avanço tecnológico foi responsável pelo florescimento e difusão dos cartazes impressos.
Gustav Klimt:
Foi um pintor simbolista austríaco.
Em 1876 estudou desenho ornamental na Escola de Artes Decorativas. Associado ao simbolismo, destacou-se dentro do movimento Art Nouveau austríaco e foi um dos fundadores do movimento da Secessão de Viena, que recusava a tradição académica nas artes, e do seu jornal, Ver Sacrum.
Toulouse-Lautrec
Nascido na nobreza italiana, seu pai era o conde Aphonse de Toulouse-Lautrec-Monfa, e sua mãe Adéle Tapié de Céleyran.
Seus pais queriam que o filho seguisse o mesmo caminho nobre de toda a sua família, tanto materna quanto paterna. Porém, desde jovem, o rapazinho desprezava a opulência, considerando-a enfadonha.
Aos dezesseis anos, foi estudar pintura com Léon Bonnat, professor rígido que não o agradava. Logo depois foi estudar com Fernand Cormon, cujo estúdio ficava nas ladeiras suburbanas de Montmartre, em Paris. É lá que Lautrec descobriu a inspiração que lhe faltava. Mudou-se para aquele bairro de má fama e encontrou seu lugar entre trabalhadores, prostitutas e artistas de caráter duvidoso.
Frequentador assíduo do Moulin Rouge e outros prostíbulos, o pequeno nobre acaba se acomodando muito bem naquele ambiente tão estranho que seus pais nunca aceitaram em ter o filho.
O tema principal das pinturas de Toulouse-Lautrec era a vida boemia parisiense.
Trilhando o caminho de Jules Chéret, assim como Alfons Mucha, Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes, definindo o estilo que seria conhecido como Art Nouveau.
Lautrec impôs ao cartaz uma agilidade e uma força de expressão antes nunca vistas.
Suas composições traziam novas formas de representação, menos rebuscadas e detalhistas do que a pintura da época. Seus cartazes servem, até hoje, como paradigma, não só para o design gráfico mundial, mas para as artes plásticas como um todo.
(Simone Zimer)
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