Um dos principais protagonistas da arte minimalista, Sol Lewitt criou, nos anos 60, estruturas compostas de elementos cúbicos ou derivadas do cubo, em variações organizadas sobre uma grade. Eram volumes simples, que convidavam o espectador um reconstruir o retrato mental das variações possíveis de uma figura.
Lewitt Trabalhou, em seguida, com murais, e detalhou as relações entre concepção e percepção, volume e superfície. Enquanto análise dos princípios fundamentais do desenho, essas obras refletem uma lógica das permutações e variações. A partir do final dos anos 1970, o artista concentrou-se em seus "Desenhos Murais", cada qual concebido para um local específico e refletindo as lições que ele extraiu dos afrescos da Renascença italiana e do designo. As cores tornaram-se mais dominantes nessas obras e as figuras foram tratadas como formas tridimensionais achatadas. Desde o início de sua carreira, Sol Lewitt dedicou-se a mudar nossa compreensão das convenções pela alteração de nossos sentido.
A palavra minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos e culturais que percorreram diversos momentos do século XX e que preocuparam-se em se exprimir através de seus mais fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design, na música e na própria tecnologia. Em outros campos da arte, o termo também é usado para descrever as peças de Samuel Beckett, os filmes de Robert Bresson, os contos de Raymond Carver e até mesmo os projetos automobilísticos de Colin Chapman, entre outros.
ResponderExcluirO minimalismo nas artes plásticas surge após o ápice do expressionismo abstrato nos Estados Unidos, movimento esse que marcou a mudança do eixo artístico mundial da Europa para os Estados Unidos. Contrapondo-se a esse movimento, o minimalismo procurava através da redução formal e da produção de objetos em série, que se transmitisse ao observador uma percepção fenomenológica nova do ambiente onde se inseriam. Exemplo desse projeto estaria nas obras de Dan Flavin, que através de tubos luminosos modifica o ambiente da galeria.
O caráter geométrico demonstra forte influência construtivista, e a limpeza formal influência de Brancusi, mas o intuito dos artistas minimalistas difere radicalmente de ambos os casos. Primeiramente por negar a arte cartesiana européia, para esse viés fenomenólogo que assume, depois por quebrar as barreiras até então presentes entre pintura e escultura.
Primeiramente a decomposição e recomposição formal em que os maiores contribuintes foram provavelmente os construtivistas russos e o escultor Constantin Brâncuşi.
Os construtivistas, através da experimentação formal, procuravam uma linguagem universal da arte, passível de ser absorvida por toda a humanidade.
Durante a primeira fase da Revolução Russa, este novo projeto de arte foi considerado matéria de Estado: a criação de uma sociedade de vanguarda dependeria de uma cultura de vanguarda. Este projeto também pode ter ido de encontro às necessidades de rápida industrialização do país. O trabalho de Brâncuşi envolvia muito mais a busca de uma pureza da forma e abria caminho para as várias abstrações que estariam por vir, como o minimalismo.
Neste primeiro momento também se inserem os movimentos abstratos (especialmente o geométrico) de uma maneira geral.
O minimalismo propriamente dito surgiu de artistas como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson. Muitos outros artistas contribuíram de maneira importante ao movimento, entretanto, estes parecem exemplificá-lo em suas diversas áreas.
A produção destes artistas, em geral, tendia a ultrapassar os conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte: procuravam estudar as possibilidades estéticas de composição não através de pinturas ou esculturas, mas a partir de estruturas bi ou tridimensionais que podem ser chamadas de "objetos" (ou ainda, "não-objetos", dada a sua inutilidade) e eventualmente de instalações. Desta forma, não se submetiam à limitação que se fazia entre o campo da pintura e o campo da escultura, indo além destes conceitos.
Também notáveis são os pós-minimalistas, incluindo Martin Puryear, Tyrone Mirchell, Melvin Edwards e Joel Shapiro. O ponto chave do pós-minimalismo são as freqüentes referências distintas aos objetos sem representação direta. Isto tem se tornado uma linha predominante na escultura moderna.